sábado, 24 de novembro de 2012

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Facha de preço: de 160.00 a 380.00.

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Como fotografar peixes e aquário


Como fotografar peixes e aquário  

Esta é uma das coisas mais frustrantes quando se trata de peixes de aquário. Quando se olha através do vidro é tudo maravilhoso, mas quando chega a hora de tirar uma fotografia é muito mais difícil do que as pessoas podem pensar
Equipamento fotográfico caro e extravagante não é necessário, as dicas abaixo irá mostrar-lhe como obter algumas fotos belas do seu peixe e fazer você se parecer como um fotógrafo profissional.
O problema mais comum com a fotografia de peixes é o flash e os peixes fora de foco.

A preparação para a foto

A primeira coisa que faço é seguir as regras da fotografia do concurso. Em geral falam a dimensão máxima e mínima das fotos, a quantidade, tamanho do arquivo, extensão do arquivo e penalidades em caso de manipulação por editor de fotos. Me preocupo bastante com as penalidades. Podemos tirar a melhor foto, mas se colocarmos alguma imagem falsa para dar algum toque final e for detectada a mudança na imagem seremos desclassificados. Precisamos ser honestos com nós mesmo e executar apenas as mudanças autorizadas: NITIDEZ, BRILHO e CORES. Um acerto singelo nestas configurações é permitido pela maioria dos concursos.

A preparação do aquário

1.      - Faça TPA no dia anterior, para evitar imprevistos e água turva.
2.      - Não faça podas em cima da hora da fotografia, deixe as plantas se recuperarem por pelo menos 7 dias (para as mais rápidas).
3.      - Limpe bem todos os vidros externamente e internamente. Limpeza externa. Utilizo papel higiênico com álcool para retirar todas as marcas de dedos e manchinhas no vidro. Pode ser usado qualquer tipo de material que não arranhe o vidro.
4.      - Retire todos os equipamentos do aquário, como aquecedor, filtro, termômetro, difusor...
5.      - Retire todas as folhas e restos de plantas que estejam boiando.
6.      - Retire os animais que podem ficar grudados no vidro frontal,
7.      ottos e caramujos. Se desejar mantê-los no aquário certifique-se de que não haja nenhum grudado no vidro no momento da foto.

A preparação do ambiente e da câmera

- Um tripé é fundamental para evitar borrões e fotos tortas, deixe a câmera na mesma altura do aquário e no ângulo mais frontal possível.
- Desligue a luz ambiente, feche as janelas e use roupas escuras para evitar reflexos.
- Coloque cartolina ou panos pretos ao redor do aquário, ou na parte de cima para evitar que vaze luz para o ambiente e cause reflexos. Desligue o flash embutido da câmera, reflete no vidro e a iluminação fica muito artificial.
- Nunca deixe a lente aberta demais, para evitar desfocamento. As câmeras compactas que não tem este tipo de ajuste manual costumam não ter muitos problemas com isso, mas algumas lentes - ou o zoom no caso das compactas de lente fixa - podem causar desfocamento em algum dos planos no aquário.
- Talvez seja necessário colocar um reforço na iluminação do tanque para a velocidade de obturador não ficar lenta demais e o movimento dos peixes ficar borrado. Usar um flash remoto em cima do aquário é uma opção.

Efeitos que valorizam um aquário

Fundo

O fundo preto combina com muitas montagens, mas ao mesmo tempo que faz as plantas aparecerem mais pode fazer pedras e peixes escuros praticamente desaparecerem. Dependendo da montagem pode causar um efeito dramático que nem sempre é bem-vindo.
Um fundo claro e iluminado causa um bom efeito e há alguns meios de conseguir isto, como a iluminação refletida. A iluminação do fundo não pode interferir na iluminação interna do aquário, pois pode fazer com que você perca definição do contorno das plantas e estoure as cores.
Se você tem bastante espaço, pode colocar um material difusor semi-transparente como acrílico branco ou papel vegetal no vidro traseiro e uma fonte de luz atrás, a uma distância suficiente para produzir uma iluminação suave e uniforme.
Outra opção é um fundo branco colocado a certa distância do aquário e a fonte de iluminação voltada diretamente para o fundo.
Estes dois métodos resultam em uma iluminação bastante uniforme mas precisam de espaço e podem interferir demais com o aquário, especialmente o segundo.
Para pouco espaço, coloque um fundo branco fosco atrás do aquário a alguns centímetros do vidro traseiro e coloque as fontes de iluminação paralelas ao vidro do aquário: duas nas laterais ou uma em cima ou embaixo - o que produzirá um efeito degrade. Para minimizar a influência na iluminação dentro do aquário você pode colocar um material difusor encostado no aquário. As fontes de iluminação podem ser flashes remotos ou lâmpadas fluorescentes.
Para colorir o seu fundo à gosto pode ser usado papel colorido diretamente no fundo ou celofane/gelatina papel vegetal branco leitoso para dar maior sensação de profundidade. Papel vegetal e iluminar por detrás, de baixo para cima. Isto dará destaque ao espelho d’água.
Tirando as medidas próprias para iluminação fotográfica encostada na fonte de luz, produzindo uma luz colorida. Azul e amarelo sempre produzem resultados interessantes.

Usando o flash

Antes de tudo tire um monte de fotos, ter uma câmera digital, significa que você pode tirar centenas de fotos e depois escolher as que gostar e apagar o restante.Se você decidir usar o flash tenha certeza de que a luz do seu aquário seja boa para reduzir as sombras ambiente.Quando utilizar o flash você terá que tirar uma foto de um ângulo ligeiramente fora do centro, se você estiver tirando apontando diretamente para o vidro a imagem será tomada pelo reflexo do flash.
O uso do flash pode lhe dar fotos mais claras, mas o tom de cor é geralmente um pouco diferente, não deixe de conferir as fotos

Sem flash

A vantagem de não se usar o flash, é que você vai tirar uma foto com mais luz natural e cores melhores. Significa, também, que a foto pode ser tirada diretamente no vidro.
O problema é o movimento, mesmo um pouquinho de movimento da mão ou do peixe, vai arruinar a foto. A primeira maneira de chegar perto de uma ótima  foto é fazer seu aquário o mais brilhante possível, acenda uma luz muito clara em seu aquário, pois isso irá aumentar a sua velocidade do obturador.A próxima forma é aumentar o máximo possível o ISO. Se você tiver uma SLR ou digital, com a configuração manual, você deverá definir o ajuste de ISO, para cerca de 800 é maior que o normal e permite que se tire foto com mais luz. Isto irá diminuir um pouco a qualidade, mas ao mesmo tempo, deve dar uma boa foto. 

Ângulos diferenciados

Todo aquário deve ter pelo menos uma foto frontal, mas ângulos diferenciados também ficam muito interessantes. Ao mostrar seu aquário para outras pessoas ou postar em fóruns eu recomendo colocar sempre uma foto perfeitamente frontal para depois explorar outros ângulos interessantes. Por mais que fique bonito, não podemos ter uma vista clara do interior e layout do aquário.

O Momento da Foto

- O melhor momento para tirar fotos é quando as plantas estão \ “acordadas\" com as folhas abertas e fotossintetizando.
- Aguarde o posicionamento perfeito dos peixes ou invertebrados, em um local onde eles fiquem bem destacados. O melhor tipo de peixe são os que fazem \"schooling\", ou seja, um cardume bem coordenado. Todos de uma espécie só e em quantidade sempre maior que 5.Dê seu peixe um pouco de comida, se você puder obtê-lo em um local constante pode tornar-se mais fácil para tirar a foto. Tentar encaixá-lo quando ele não estiver se movimentando tanto, é claro que haverá erros para se obter o acerto é.

Ondas

Já notou que a grande maioria das fotos dos aquários tem ondulações na superfície da água?
Isto agrega um dinamismo à imagem, como se aquele aquário fosse um pedacinho de um lago com o vento agitando sua superfície ou um rio turbulento.
Para conseguir esse efeito é usado um secador de cabelos comum, colocado a certa distância do aquário. Mudando-se a distância e o ângulo, conseguimos efeitos diferentes: desde leves ondas até um verdadeiro maremoto.
Fotografando Peixes
Para fotografar peixes são necessárias duas coisas: luz e paciência.
A luz em um aquário geralmente é fraca comparada à luz do sol ou à potência de um flash e lâmpadas especiais para fotografia. Quanto mais fraca, mais tempo a luz tem que entrar na câmera para a foto ser corretamente exposta. No caso de um assunto que se move, como o peixe, o resultado são imagens borradas e o fotógrafo imaginando que sua câmera é ruim.
Mas vou pular a extensa explicação de fotografia básica e deixá-la para estes links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Câmera_digital - Câmera Digital
http://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_do_obturador - Velocidade de Obturador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abertura_%28óptica%29 - Abertura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_de_exposição - Valor de exposição
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sensibilidade_ISO - Sensibilidade ISO
Espere o momento perfeito para a fotografia, quando o peixe está se exibindo, saindo se sua toca favorita, disputando território com seu desafeto...
Se o peixe se assusta com a câmera e você tiver um zoom, faça uso desta função e se coloque a uma boa distância do aquário, isto costuma funcionar melhor se sua câmera possui a função tele-macro (zoom+macro).
Ou fique parado um tempo com a câmera na frente do aquário até o animal se acostumar, evitando fazer movimentos bruscos e o principal, nunca use flash.

domingo, 2 de setembro de 2012

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Alimentos que atrair pássaros


Alimentos que atrair pássaros  

Frutos, folhas, brotos, Mamão e banana maduros, grãos, néctar
Insetos, larvas, formigas, cupins, minhocas,
insetos, entre outros, ovos de outras aves
Fonte de água

Paraíso das aves
Todos sabem que árvores frutíferas, flores e fontes de água atraem aves. Com um pouco de dedicação você pode transformar seu quintal ou sítio em um pequeno paraíso para aves.
Favorita. Você precisa tirar um pedaço da casca, ou as pequenas (como as saíras) precisam esperar uma ave maior (com o sabiá-do-campo) abrir a casca. Você pode colocá-las em uma bandeja suspensa, montar um ambiente de galhos e troncos, em que as bananas não aparecem na foto, ou espetá-las (com ajuda de um prego fixo) no tronco de uma árvore
Posicione o bebedouro, comedouro ou a fonte bem perto de uma árvore ou moita grande facilita a aproximação. A maioria das aves se aproxima com cautela, e precisa se sentir protegida




                      Beija Flores ( O mundo Secreto dos Jardins)





                O Mundo Secreto dos Jardins - AVES DE JARDIM




flores e frutos que atraem aves


  • Flores

  • Amherstia nobilis – amércia
  • Bauhinia blakeana – árvore-de-orquídea
  • Bauhinia fortificata – unha-de-vaca
  • Bauhinia variegata candida – bauínia-branca
  • (obs: da família das Bauhinias, ou pata-de-vaca, ou unha-de-vaca, me disseram que há variedade nativa do Cerrado brasileiro que é bastante atraente. Uma árvore menor, com tronco retorcido, flores menores, mas vi em Brasília rodeada de aves. A flor é a que aparece na foto da fêmea da saíra-amarela. Se for plantar, tente encontrar essa variedade do Cerrado)
  • Bombax ceiba – bombax – na internet há fotos de aves de outros países se alimentando nessa flor
  • Brownea grandiceps – braunea-vermelha
  • Brownea macrophylla – braunea-laranja
  • Caesalpinae peltophoroides – sibipiruna
  • Chorisea speciosa – paineira
  • Callistemon salignus – escova-de-garrafa
  • Castanospermum australe – castanha-da-austrália
  • Delonix regia – flamboyant
  • Erythrina crista-galli – corticeira
  • Erythrina falcata – corticeira-da-serra
  • Erythrina velutina – mulungu
  • Erythrina verna – suinã-coral
  • Erythrina speciosa – suinã
  • Eucalyptus ficifolia – eucalipto-vermelho
  • Gmelina arborea – gmelina
  • Grevillea banksii – gravilea-anã
  • Grevillea robusta – gravilea
  • Inga luschnanthiana – ingá
  • Jacaranda mimosaefolia – jacarandá-mimoso
  • Mimosa scabrella – bracatinga
  • Spathodea nilótica – espatódea – vi beija-flor tesoura descansando nessa árvore, mas não cheguei a vê-los se alimentando da flor
  • Tabebuia avelanedae – ipê-roxo
  • Tabebuia avelanedae vr. paulensis – ipê-rosa
  • Tabebuia chrysotricha – ipê amarelo
  • Tabebuia ochracea – ipê amarelo
  • Tabebuia roseo-alba – ipê branco
  • E atenção especial para árvore que há no jardim do Michel Giraud Audine: a mágica Ficus guianensis

    FRUTÍFERAS
·         Carica papaya – mamoeiro
·         Caryocar brasiliense – pequizeiro
·         Citrus sinensis – laranjeira
·         Coffea arabica – cafeeiro
·         Inga marginata – ingá-feijão
·         Musa sapientum e hibridos – bananeira
·         Passiflora sp. – maracujazeiro
·         Punica granatum – romanzeiro
·         Syzygium malaccense – jambo-vermelho

Outras árvores frutíferas que eu sei que fazem sucesso: amoreira, jabuticabeira, pé de manga, ponkan e mexerica.
Destaque também para a embaúba, que dá uma frutinha bastante apreciada pelas aves.



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Birdwatching – Fotografar Aves, Desafio e Paixão


Para contar um pouco sobre birdwatching e o grande desafio e curtição que é fotografar aves, convidei Claudia Komesu, cuja paixão por fotografia e meio ambiente a levou a descobrir , há anos, uma atividade que hoje é fundamental em sua vida – o birdwatching (observação e fotografia de aves). Neste artigo ela conta o que é birdwatching e dá dicas de como fotografar essas lindas aves coloridas que alegram nossos campos e matas, e até mesmo ambientes urbanos.

Meu nome é Claudia Komesu, 35 anos, moro em São Paulo. Sou editora. Trabalhei para a Publifolha, editora do grupo Folha, e para a LCA, uma consultoria econômica. Sou fotógrafa amadora, às vezes bem amadora, mas totalmente apaixonada pelas aves e, desde as discussões sobre o Código Florestal, fico pensando em formas de ajudar em proteção do meio ambiente. Sou a idealizadora, editora e mão-de-obra da Virtude-AG, um site dedicado à divulgação do birdwatching (palavra inglêsa que significa “observação de aves”), e que traz fotos e depoimentos de outros apaixonados pelo tema como eu. Um trabalho de formiguinha, mas sonho que no futuro ele possa contribuir para haver mais birdwatchers agindo a favor da natureza.
O que é uma boa passarinhada?
Uma boa passarinhada é um passeio em busca de avistamento de aves, uma atividade que lhe traz satisfação. Não estou falando de diversão e de contentamento, é satisfação mesmo, dessas de mudar sua sintonia com o mundo.
Para quem está na fase de lista (somar o máximo de registros de diferentes espécies), uma boa passarinhada é quando você consegue ver uma grande variedade de aves. Quantas? Em lugares de áreas abertas, é fácil ver pelo menos 40 numa manhã. Em um fim de semana com um guia ornitológico dá para ver perto de 100 (se o foco for quantidade), e alguns dias em um lugar como o Tocantins podem render mais de 200 espécies.

Para quem está na fase de fotógrafo, uma boa passarinhada é conseguir uma foto linda, mesmo que seja de uma espécie comum. Aqui entram talento, experiência, boa vontade das aves, condições metereológicas e sorte. E mesmo num momento que você já tem muitas espécies registradas em fotos, sempre vai querer somar uma foto de uma espécie difícil. Podem ser vários passeios frustrados, mas quando consegue (e pode levar anos, ou nunca acontecer), é um grande troféu.
Também há as fases em que você sai com a câmera, mas sem um objetivo específico. O que aparecer, apareceu. A satisfação vem só do fato de sair para caminhar, atento a tudo ao redor, às vezes com o privilégio de passear em lugares silenciosos, apenas você e o vento, o som dos seus passos sobre a terra, o canto e o chamado das aves.
Como se preparar para ser um birdwatcher (e fotógrafo de aves)
A busca fotográfica pelas aves, seja em quantidade ou raridade, permite você ter os prazeres da caçada sem a covardia da morte de quem não pode se defender. E a caçada pode ser bastante ecológica: no tipo de passeio ideal você observa e fotografa a ave sem que ela interrompa seus afazeres e procura não perturbá-la.
O birdwatching também oferece o prazer da disciplina. Planejar o passeio, estudar a lista de aves, viajar para algum lugar, na noite anterior carregar baterias e pilhas, limpar a câmera, pegar o tripé, checar o plate, checar cartão, cartão reserva, separar o protetor solar, chapéu, repelente, picada para insetos (se você é sensível) deixar tudo separado e fácil para sair na manhã seguinte. Separar as roupas de trilha. Pode ser qualquer uma, mas a preferência é por calça comprida e cores discretas, ainda mais se você vai fotografar com outras pessoas que, caso contrário, podem te culpar de ser o espanta-passarinho. Como saio bastante, tenho essas roupas de tecidos tecnológicos (proteção UV, resistentes, macias, transpiram melhor). Tênis ou botas impermeáveis são outra boa aquisição porque até um passeio em um parque urbano com grama molhada pode te deixar com o desconforto de meias úmidas.

Madrugue e keep calm, duas dicas imbatíveis

Acordar às 5h ou 5h30 (ou até às 3h30) dependendo da época do ano e a que distância você está do local do passeio. Tomar café da manhã. Levar lanche, porque quem acorda às 5h, às 11h está morrendo de fome. Garrafa de água. Ou, se você esqueceu o lanche, ou tinha planejado voltar para almoçar, mas o passeio está bom, é possível viver com um pacote de bolachas ou nada. A empolgação faz coisas esquisitas com sua fome e cansaço.
O passeio começa com o dia amanhecendo. Em lugares de vegetação natural, em especial mata fechada, o que você vê das 6h às 11h não se compara ao resto do dia. As aves estão mais ativas, luz mais bonita, várias oportunidades para vê-las se alimentando. Talvez seja verdade até para as aves aquáticas grandes. Na África do Sul, garças que eu só via paradas, uma vez encontrei um bando de várias espécies pela manhã e elas estavam em uma atividade incrível de pesca, havia momentos que era preciso escolher em o que focar.
Uma grande dica para aproveitar mais o passeio é desacelerar. Seja a velocidade do carro, dos passos, dos pensamentos. No começo eu andava como se tivesse que chegar a algum lugar. E olhava em volta, se não havia aves, continuava andando. Hoje eu sei que quem não tem pressa vê muito mais.
Quando uma ave que você queria muito ver aparece, é inevitável a adrenalina subir. É gostoso e emocionante, mas fotografar aves é um desafio técnico (e também de sorte pelas condições de luz ambiente), e nem sempre a imagem fica como a gente gostaria.
Não se engane, não é uma atividade só para pessoas tranquilas. Na verdade, há muito espaço para loucuras, paixão, competição e generosidade
O birdwatching é um hobby bastante difundido no exterior, e usa principalmente o binóculo e a luneta. No Brasil  o birdwatching cresce graças às câmeras digitais e a internet. Em especial o extinto Aves do Brasil (www.aves.brasil.nom.br) e agora o Wikiaves (http://www.wikiaves.com.br) aceleraram a divulgação do birdwatching. Os brasileiros gostam de fotografar, compartilhar, exibir as fotos, elogiarem e serem elogiados.
Há mais de 10 mil espécies de aves no mundo. Muitos estrangeiros são loucos pelas listas, e viajam o mundo todo para ver as aves, ou dedicam uma dose considerável de tempo e dinheiro para ter um jardim bastante atrativo para as aves. Os birders, em especial os norte-americanos, podem ser muito competitivos.

Sates para fotógrafos de aves e biodiversidade

http://www.wikiaves.com.br/






Aves mais comuns em centros urbanos

Sanhaçu Cinzento





Sanhaçu Cinzento (Tangara sayaca): Pássaro com cerca de 18cm e 42g de peso,
seu corpo é azulado com partes inferiores mais claras puxando para o cinza.
Se alimenta de flores, brotos, frutos, insetos e folhas.



O sanhaçu-cinzento é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Também conhecido como sanhaçu-do-mamoeiro, sanhaçu, sanhaçu comum, sanhaçu da amoreira, e no Nordeste como pipira-azul. É uma das aves mais comuns do país, conhecida pelo de realizar acrobacias quando na disputa por frutas com outros pássaros.

Características

Com tamanho aproximado de 18 centímetros e 42 gramas de peso (macho), tem o corpo cinzento, ligeiramente azulado, com as partes inferiores um pouco mais claras. A cauda e as pontas das asas são azuis-esverdeadas, porém pouco contrastantes. Os imaturos são esverdeados. Pode ser confundido com o sanhaçu-de-encontro-azul, porém o último é muito mais azulado, especialmente no encontro da asa e também possui o bico maior. É sem dúvida o sanhaçu mais comum em nosso país. Tem um canto longo, entrecortado pelo som de notas altas e baixas.




Alimentação

Frutos, folhas, brotos, flores de eucalipatos e insetos, entre estes os alados de cupim (“aleluias” ou “sirirís”) capturados em vôo. Vive normalmente na copa das árvores em busca dos frutos maduros, mas é intrépido o suficiente para apanhar também os caídos: preferindo até os que já estejam infestados de larvas; desfrutando-os com outras aves, como saíra-amarela e o sabiá-da-praia. Aprecia muito os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com frutas.

Reprodução

O ninho, construído pelo casal é compacto, feito de pequenas raízes, musgos e pecíolos foliares, com um diâmetro externo de cerca de 11 centímetros. Fica escondido na vegetação densa, numa forquilha de árvore, em alturas variáveis. A fêmea põe de 2 a 3 ovos de cor branca pintados de marrom são semelhantes ao dos sabiás só que menores, e é responsável pela incubação que dura de 12 a 14 dias. O casal alimenta os filhotes, que deixam o ninho após 20 dias de idade


classificativo tradicional. É também conhecida como mariquita, chupa mel, chiquita (Rio de Janeiro), sebinho (Minas Gerais), caga-sebo, cabeça-de-vaca (interior de São Paulo), sebito e guriatã de coqueiro (Pernambuco), sebinho, papa-banana (Rio Grande do Sul), saí e tem-tem-coroado (Pará), sibito-de-manga (Maranhão).

É comum em uma grande variedade de habitats abertos e semi-abertos onde existam flores, inclusive em quintais. Adapta-se facilmente a ambientes urbanos, sendo comum até em cidades do porte de São Paulo e Rio de Janeiro.
Néctar, frutas e artrópodes, muito banana, mamão, jabuticaba, laranja e melancia



                        

Características
Mede aproximadamente 10,8 centímetros e pesa cerca de 10 gramas. Tem o dorso marrom, o peito e o abdome amarelos, o pescoço cinza e a cabeça listrada preta e branca, não apresentando diferenças na plumagem em relação aos machos e fêmeas.

Alimentação
Néctar, frutas e artrópodes. Para coletar alimento, em qualquer altura, agarra-se firmemente à coroa das flores e com o bico curvo e pontiagudo perfura o cálice, atingindo assim os nectários. Visita também as garrafas de água açucarada, destinadas a atrair beija-flores e comedouros de frutas para pássaros aprecia muito banana, mamão, jabuticaba, laranja e melancia, daí vem seu nome em inglês bananaquit.

Reprodução

Faz ninho esférico que pode ser de dois tipos, segundo sua finalidade:
Construído pelo casal para reprodução, o qual é relativamente alto e bem acabado, de acesso pequeno, superior e dirigido para baixo, coberto por longo alpendre que veda a entrada, de parede grossa e compacta, feito de palhas, folhas, capins e teias de aranhas. A câmara incubatória localiza-se no centro, com a entrada às vezes protegida por palha.
Construído para descanso e pernoite, o qual é menor, mais achatado, de construção frouxa e com entrada larga e baixa. Põe de 2 a 3 ovos branco-amarelados, com pintas marrom-avermelhadas. A incubação é feita exclusivamente pela fêmea

Distribuição Geográfica

Ocorre em quase todas as regiões do país, podendo estar ausente de regiões extensivamente florestadas, como no oeste e centro da Amazônia. É encontrada desde o México, e em todos os países da América do Sul, com exceção do Chile.



Andorinha Pequena de Casa (Pygochelidon cyanoleuca): Pássaro com
cerca de 13cm, as partes superiores são de cor azul-metálico mais podem
Parecer pretas dependendo da iluminação. Alimenta-se de formigas, cupins,
insetos, entre outros.
A andorinha-pequena-de-casa está quase sempre presente em nosso dia-a-dia e na maior parte dos locais onde ocorre basta olhar para o céu em dias de tempo bom que elas estarão lá, dando um verdadeiro show com suas acrobacias aéreas enquanto caçam insetos voadores.






Características

As partes superiores são azul-metálicas, mas dependendo da incidência da luz parecem negras. As asas e a cauda são negras, inclusive nas partes inferiores. A região negra da parte inferior da cauda vai até a altura da cloaca, o que a distingue da andorinha-de-sobre-branco (Tachycineta leucorrhoa). A divisão das cores é bem nítida. Não há manchas brancas nas partes escuras, nem manchas escuras na parte branca, o que a diferencia das outras andorinhas brasileiras, a não ser da andorinha-doméstica-grande (Progne chalybea), que é bem maior. Mede cerca de 13 centímetros.
Notáveis pelas acrobacias que executam em grupo, as andorinhas são rigorosamente insetívoras e consta que capturam no ar até abelhas e vespas. No estômago de um exemplar coletado em Minas Gerais, verificou-se a existência de 402 insetos, pertencentes a mais de vinte famílias.
Andorinha é a denominação geral que se dá a várias espécies de pássaros da família dos hirundinídeos. Possuem em geral o bico curto, mas largo e chato, indício de perfeita adaptação à captura de insetos em vôo. De modo geral seu colorido é azul-metálico ou pardacento no lado superior; a parte ventral de muitas espécies é branca ou, mais raramente, com ornatos avermelhados. A andorinha é ave migratória; algumas espécies nidificam na América do Norte e passam o inverno no Brasil.
Algumas andorinhas abrigam-se em buracos encontrados em barrancos, árvores ou construções. Outras espécies constroem ninhos grosseiros de lama ou argila. Diversas espécies fazem seus ninhos em vãos de muros, vigas e beirais de telhados, sob o teto de galpões e em cavidades nas paredes.

Alimentação

Sobrevoam os mais variados tipos de formações vegetais, mas são especialmente abundantes em campos, especialmente na época de revoadas de formigas e cupins alados, quando formam bandos de dezenas de indivíduos nas áreas dos formigueiros e cupinzeiros.

Reprodução

Na natureza essas aves usam buracos em barrancos, escarpas e rochas tanto para nidificar quanto para pernoitar. Este hábito representou uma pré-adaptação desta ave ao meio urbano, que se sente muito à vontade nas frestas de telhados ou qualquer outro espaço em nossas construções. O ninho é uma tigela feita de palha, as vezes cimentada

com fezes de gado e recoberta por penas. Os ovos, geralmente de 3 a 5, são incubados pela fêmea enquanto o macho a alimenta. O casal se reveza na alimentação dos filhotes.



 Hábitos

Passam a maior parte do dia voando, só pousando em árvores, antenas e fios de eletricidade para descansar ou quando o tempo está ruim.
É migratória, especialmente nos locais mais frios, mas ao contrário de outras espécies de andorinhas não realiza migrações muito longas.
Às vezes é vista fazendo vôos rasantes sobre lagos para beber água. Tem grande afinidade pelas habitações humanas. Muitas vezes são vistas voando dentro de grandes igrejas, e por isto são muito respeitadas. Faz seus ninhos em cavidades, próximos uns dos outros, formando colônias. Gostam de pousar em fios elétricos, em grande número. Algumas não gostam muito do frio e migram para passar o inverno em outras regiões mais ao norte. Têm um vôo um pouco irregular, já que ficam para lá e para cá procurando insetos. Algumas árvores floridas, como as tipuanas, atraem insetos e as andorinhas logo aparecem e ficam borboleteando por sobre as copas.



Distribuição Geográfica

É uma das aves com distribuição mais ampla na América Latina, ocorrendo desde a Costa Rica até a Terra do Fogo, assim como desde o nível do mar até os Andes.
PARTE 2
Ave passeriforme da família dos hirundinídeos, com diversas espécies registradas no Brasil. Notável pela agilidade com que captura insetos no ar.
Notáveis pelas acrobacias que executam em grupo, as andorinhas são rigorosamente insetívoras e consta que capturam no ar até abelhas e vespas. No estômago de um exemplar coletado em Minas Gerais, verificou-se a existência de 402 insetos, pertencentes a mais de vinte famílias.
Andorinha é a denominação geral que se dá a várias espécies de pássaros da família dos hirundinídeos. Possuem em geral o bico curto, mas largo e chato, indício de perfeita adaptação à captura de insetos em vôo. De modo geral seu colorido é azul-metálico ou pardacento no lado superior; a parte ventral de muitas espécies é branca ou, mais raramente, com ornatos avermelhados. A andorinha é ave migratória; algumas espécies nidificam na América do Norte e passam o inverno no Brasil.


Quero-quero




Quero-quero
O quero-quero (Vanellus chilensis), também conhecido por tetéu, teu-teu, ero-ero, terem-terém e espanta-boiada. É uma ave da ordem dos Charadriiformes, pertencendo a famí­lia dos Charadriidae. Muito popular no Brasil, vive em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. Seu nome é uma onomatopeia de seu canto. A lei estadual Nº 7.418, de 1º de dezembro de 1980, define o quero-quero como ave-símbolo do Rio Grande do Sul.

Características
Mede 37 centímetros, peso 277 gramas. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1 centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos com um alçar de asa ou durante o voo. Macho e fêmea são semelhantes.

Resultados
Os comportamentos defensivos interespecíficos de Vanellus chilensis ocorreram durante o ano todo e eram compostos por categorias de fuga, de ameaça, de perseguição, de manobras de distração, de ataque e de alerta. O quero-quero, ao realizar a fuga, utiliza-se das posturas de fuga, de agachamento e de deslocamento por vôo. A postura de fuga foi realizada pelo quero-quero andando e/ou correndo, posicionando as asas junto ao corpo e a cabeça e o pescoço estirados para frente; é uma categoria específica do período não reprodutivo numa defesa interespecífica. O agachamento é realizado pelos quero-queros por flexão das pernas, a parte ventral do corpo encostando-se no solo, a ave permanecendo imóvel diante do intruso. (Figura 1).




Fuga

Ameaça





Figura 1. Comportamento de fuga e ameaça do quero-quero.
Do comportamento de ameaça fazem parte as posturas de ameaça frontal, de ameaça 1, de ameaça 2 e postura desencadeadora de ataque exclusivas do período reprodutivo (Costa, 1994a). A ameaça frontal é uma categoria executada estando o quero-quero de frente ao intruso, posicionado o corpo e a cabeça para frente. A postura de ameaça 1 foi executada em deslocamento rápido com o pescoço estirado para cima, corpo ligeiramente levantado e a cabeça com movimentos laterais. Na postura de ameaça 2 o quero-quero permanece estático, ameaçando o intruso com o corpo reto, cabeça ligeiramente estirada para frente e para baixo, com ângulo acentuado entre o corpo e a cabeça. A postura preparatória de ataque ocorre na seqüência da postura de ameaça 2, quando o quero-quero vai gradativamente encostando o corpo no solo, flexionando as pernas; preparando-se para o comportamento de ataque. (Figura 1).


Ataque





Figura 2. Comportamentos de ataque, vigilância,perseguição e manobras de distração do quero-quero.

No comportamento de perseguição, o quero-quero utiliza o vôo. Cabe destacar que há o vôo alto, baixo e rasante, presente também nos comportamentos de ataque, perseguição e de fuga (Figuras 1 e 2).
Entre as manobras de distração estão o movimento agachado e o agachamento-distração, manobras exclusivas do período reprodutivo durante o revezamento dos quero-queros na nidificação, assim como na defesa interespecífica (Costa, 1985, 1994b) (Figura 2).
O ataque é realizado em vôo através das posturas de início de vôo que antecedem o ataque, e das posturas de aterrissagem e de finalização que seguem o vôo rasante (Figura 2).
A atividade de vigilância com a postura de alerta apresentou-se estando os quero-queros parados e em deslocamento (Figura 2).
O desencadeamento das categorias comportamentais ocorreu de acordo com os períodos reprodutivo e não reprodutivo, número e espécie de invasor, modo de invasão assim como o tipo de aproximação do intruso.

CARACTERÍSTICAS
Possui 2 esporões sob as asas
Faz ninho no chão

Alimentação
O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.

Reprodução
Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pêra, forma adequada para rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho fingem-se de feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho, torna-se agressivo até mesmo a um homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que imediatamente após o descascamento do ovo.


                                                                            

Hábitos
Costuma viver em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, frequentemente longe d'água. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domí­nios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.
Essa característica faz do quero-quero um excelente cão de guarda, sendo utilizado por algumas empresas que possuem seu parque fabril populado por estas aves.

Distribuição Geográfica
O quero-quero é uma ave tí­pica da América do Sul, sendo encontrado desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas




                                           



Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus): Ave com tamanho entre 20 e 25cm, e 60g de peso.
Seu dorso é pardo, com pescoço branco e barriga amarelo vivo, seu bico é achatado
e longo. Sua alimentação é de insetos, frutas e ovos de outras aves.
Bem-te-vi
O bem-te-vi é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos. Conhecido também como bem-te-vi-de-coroa e bem-te-vi-verdadeiro, é provavelmente o pássaro mais popular de nosso país, podendo ser encontrado em cidades, matas, árvores à beira d'água, plantações e pastagens. Em regiões densamente florestadas habita margens e praias de rios.
É também muito popular nos outros países onde ocorre, recebendo nomes onomatopéicos em várias línguas como kiskadee em inglês, qu´est ce em francês (Guiana) e bichofêo em espanhol (Argentina).
Dentre as várias canções populares, uma se destaca em referência ao bem-te-vi, chama-se Jardim da Fantasia, letra e música de Paulinho Pedra Azul:
Bem te vi…
Bem te vi…
Andar por um jardim em flor
Chamando os bichos de amor
Sua boca pingava mel.

Há ainda uma historia que diz que o bem-te-vi seria a ave odiada por Deus, que diz que quando Jesus se escondia dos soldados que queria matá-lo, o bem-te-vi viu Jesus escondido e começou a cantar: “bem te vi, bem te vi, bem te vi, então os soldados prenderam Jesus graças ao pássaro que “falou que viu Jesus escondido”. Claro que se trata de uma historia imaginaria, mais não deixa de ser interessante.

 Características
Ave de médio porte, o bem-te-vi mede entre de 20,5 e 25 centímetros de comprimento e aproximadamente 60 gramas. Tem o dorso pardo e a barriga de um amarelo vivo; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca. Possui um topete amarelo somente visível quando a ave o eriça em determinadas situações.
O seu canto trissilábico característico lembra as sílabas bem-te-vi, que dão o nome à espécie. Portanto, seu nome popular possui origem onomatopéica.
Existem várias espécies de tiranídeos com o mesmo padrão de cores, dentre as quais 4 são particularmente similares ao bem-te-vi: o neinei (Megarynchus pitangua), o bentevizinho-do-brejo (Philohydor lictor), e os dois bentevizinhos do gênero Myiozetetes, o bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis) e o bentevizinho-de-asa-ferruginea (Myiozetetes cayanensis). O neinei é do mesmo tamanho do bem-te-vi, mas possui um bico maior e bem mais largo, o bentevizinho-do-brejo é mais esbelto, menor e apresenta o bico proporcionalmente mais afinado achatado. Já os bentevizinhos do gênero Myiozetetes são menores, possuem o bico cônico e proporcionalmente menor e as sobrancelhas brancas menos definidas.

Alimentação
Possui uma variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros pássaros, flores de jardins, minhocas, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade e até mesmo pequenos roedores. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e eqüinos. Apesar de ser mais comum vê-lo capturar insetos pousados em ramos, também é comum atacá-los durante o vôo.
Aprecia os frutos da fruta-de-sabiá ou marianeira (Acnistus arborescens), chala-chala (Allophyllus edulis), araticum ou marolo (Annona coriacea), maria-preta (Solanum americanum), magnólia-amarela (Michelia champaca) e do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Em Natal/RN, apesar de não ter registrado em fotos, foi verificado um indivíduo comendo ração para cães por vários dias.
Em suma, é uma ave que está sempre descobrindo novas formas de alimento. Devido ao seu regime alimentar generalista, por vezes contribui para o controle de pragas de insetos, inclusive cupins urbanos.




Reprodução
Faz ninho grande e esférico, com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas, com entrada lateral; porém, já foram encontrados ninhos em formato de xícara aberta. Pode utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana, como papel, plástico e fios. Põe de 2 a 4 ovos de cor creme com poucas marcas marrom-avermelhadas. Existem muitos registros de nidificação em cavidades em arvores, rochas e estruturas artificiais, em vários países; é, portanto, ave cavinidícola (que nidifica em cavidades).




                                         


Hábitos
São agressivos, ameaçam até gaviões e urubus quando esses se aproximam de seu “território”. Costumam pousar em lugares salientes como postes e topos de árvores. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas. Como podemos ver, possui grande capacidade de adaptação. É um dos primeiros a cantar ao amanhecer. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de televisão.

Distribuição Geográfica
É ave típica da América Latina, com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000 km².
Entretanto, pode também ser encontrada no sul do Texas e na ilha de Trinidad. Foi introduzida nas Bermudas em 1957, importadas de Trinidad,e na década de 1970 em Tobago. Nas Bermudas, são a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare.



Beija flor tesoura (Eupetomena macroura): Ave com cerca de 19 cm,
possui uma cauda bifurcada e sua cabeça é azul e seu corpo esverdeado.
Alimenta-se de néctar e de insetos.
Não costuma ter medo do ser humano, aproximando-se das pessoas para se alimentar nas garrafas com água e açúcar, ou nas flores de seus jardins. É uma espécie territorialista. Em algumas épocas do ano quando há menos disponibilidade de néctar esta ave adota uma única árvore, que pode ser um mulungu ou um ipê como a sede de seu território e a defende ferozmente contra qualquer outra ave, principalmente contra outros beija-flores e contra o cambacica.





Características
15 a 19 cm, sendo um dos maiores e mais briguentos beija-flores brasileiros, peso em torno de 9 gramas. Cabeça, pescoço e parte superior do tórax de um profundo azul violeta; resto da plumagem verde-escuro iridescente. Pequena mancha branca atrás dos olhos; rêmiges castanho-escuro; raques das primárias externas alargadas, embora sejam bem menos evidentes que as espécies do gênero Campylopterus; cauda azul-escuro; calções brancos; bico ligeiramente curvado para baixo e preto. Tem como característica principal a cauda longa e profundamente furcada que toma quase 2/3 do seu tamanho total. Esporadicamente apresenta as penas azuladas da fronte tingidas de branco, amarelo, ou de cores diversas, em virtude do acúmulo de pólen proveniente das flores que poliniza. A fêmea é igual ao macho, mas é um pouco menor e mais pálida. Imaturo é igual à fêmea, mas a cabeça é particularmente mais pálida e tingida de marrom.


Os beija-flores têm o metabolismo mais acelerado entre as aves. Podemos dizer que eles vivem em outro rítmo, pois tudo é acelerado. Quando em vôo podem bater as asas dezenas de vezes por segundo. O canto é muito agudo e rápido, parecendo um simples assovio para nossos ouvidos, mas quem estuda bioacústica sabe que quando a vocalização destas aves é analisada com cuidado em um sonograma esta mostra-se muito complexa e até melodiosa (para os ouvidos dos beija-flores).

Alimentação
Assim como outros beija-flores alimenta-se basicamente de néctar de flores, mas também caça pequenos insetos com grande habilidade em voos curtos. Tem um papel importante na polinização de muitas plantas beija-flor-tesoura se alimentando




Reprodução
Na época do acasalamento, o macho faz a corte pairando em pleno voo em frente da fêmea empoleirada. Depois macho e fêmea realizam voos de zigue-zague, ocorrendo voos rasantes do macho sobre a fêmea. O macho separa-se da fêmea imediatamente após a cópula. Um macho pode acasalar com várias fêmeas e com toda a probabilidade, a fêmea também vai acasalar com vários machos. A fêmea é a responsável pela escolha do local e pela construção do ninho. O ninho, em forma de tigela, é assentado em um ramo mais ou menos horizontal ou numa forquilha de arbusto ou árvore, a cerca de 2 a 3 metros do solo. O material utilizado na construção é composto por fibras vegetais macias incluindo painas. Fragmentos de folhas, musgos e líquens, são aderidos extremamente com teias de aranha. Põe de dois a três ovos brancos e alongados nos meses de janeiro e fevereiro. Somente a fêmea incuba os ovos e os filhotes nascem após 15 a 16 dias e são alimentados pela fêmea principalmente com insetos, enquanto o macho defende seu território e as flores com que e alimenta. Os filhotes deixam o ninho com 22 a 24 dias.










João-de-barro
O joão-de-barro é uma ave passeriforme da família Furnariidae.
Conhecido também como barreiro (RS), Maria barreira (BA), forneiro, pedreiro, oleiro, hornero (ARG) e amassa-barro. A fêmea é conhecida como “joaninha-de-barro”, “maria-de-barro” ou “sabiazinho” em certas regiões. É conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno. O joão-de-barro é tido como passarinho trabalhador e inteligente. Seu canto parece uma gargalhada (no Sul dizem que, quando ele canta, é sinal de bom tempo) e também dizem que ele faz o ninho na direção contraria da chuva, e é amigo de todos, lutando para salvar seu ninho, sua casa. 

Características




Mede 18 a 20 centímetros de comprimento e pesa 49 gramas. Possui o dorso inteiramente marrom avermelhado (por isso o epiteto específico rufus). Apresenta uma suave sobrancelha, formada por penas mais claras, em leve contraste com o restante da plumagem da cabeça. Rêmiges primárias (penas de vôo, nas asas) anegradas, visíveis em vôo, com as asas abertas. Ventralmente é de coloração clara (alguns indivíduos podem possuir o peito, flancos e barriga amarronzados, semelhante ao dorso), sendo o queixo e pescoço brancos. Excetua-se a cauda, que é avermelhada tanto dorsal quanto ventralmente. É uma das aves de mais fácil observação nos locais onde ocorre, pois além de não se afastar muito de seu território não é nem um pouco arisca, deixando o observador chegar a poucos metros de distância. Quando não está empoleirada desce ao solo, onde passa boa parte de seu tempo caminhando de modo bem típico alternado pequenas corridas com intervalos nos quais anda mais devagar.



Alimentação
O pássaro, revirando as folhas, busca cupins, formigas ou içás no solo ou sob troncos caídos. Alimenta-se também de outros invertebrados, como minhocas e possivelmente moluscos. Aproveita restos alimentares humanos, como pedaços de pão.

Reprodução
Juntos, o casal constrói um ninho interessante, em formato de forno de barro, o qual pode ser facilmente identificado no alto de árvores e postes em regiões campestres. No interior do ninho há uma parede que separa a entrada e a câmara incubadora, construída para diminuir as correntes de ar e o acesso de possíveis predadores. Utiliza como matéria-prima o barro úmido, esterco e palha, cujas proporções dependem do tipo de solo (se arenoso, a quantidade de esterco chega a ser maior do que a de terra).Não utiliza o mesmo ninho por duas estações seguidas, parecendo realizar um rodízio entre dois a três ninhos, reparando ninhos velhos semi-destruídos. Quando não há mais espaço para a construção de novos ninhos, o pássaro o constrói em cima (até 11) ou ao lado do velho.







Em locais urbanizados, quando faltam suportes adequados, o joão-de-barro faz seu ninho até no peitoril de janelas. Neste caso ele escolhe o encontro entre a janela e a parede, assim como ele escolhe encontro de galhos quando faz ninho em árvores. As janelas devem estar em locais altos e de difícil acesso. Em locais descampados, com pouca ou nenhuma árvore alta, e como medida de proteção à espécie, recomenda-se erguer postes altos dotados de travessas horizontais. Estes serão usados para sua nidificação.
A construção do ninho demora entre 18 dias e 1 mês, dependendo da existência de chuvas e, portanto, de barro em abundância. O ninho pesa em torno de 4 quilos e às vezes ocorre a construção de vários deles, sobrepostos (até 11), em anos consecutivos. Põe de 3 a 4 ovos, a partir de setembro e a incubação dura de 14 a 18 dias.
Uma vez abandonados, os ninhos são reutilizados por outras espécies de aves (canário-da-terra-verdadeiro, tuim, pardal e andorinhas), . Também são reutilizados por lagartixas, rãs, pequenas cobras, ratos silvestres e até por abelhas.

Hábitos
É muito comum em paisagens abertas, como campos, cerrados, pastagens, ao longo de rodovias e em jardins. Caminha pelo chão em busca de insetos, freqüentemente pousando em postes, cercas, galhos isolados e outros pontos que permitam uma boa visão dos arredores. Vive geralmente aos casais. Canta em dueto (macho e fêmea juntos, cada qual de um modo um pouco diferente) nos arredores do ninho em postura altiva e tremulando as asas, com um canto extremamente estridente. Há várias lendas sobre esta espécie e a mais famosa, que ja virou até tema de uma canção intitulada joão-de-barro, diz que se o macho for traído ele pode trancar a fêmea no ninho até que ela morra. Tal comportamento nunca foi registrado cientificamente. Algumas aves como pardais, canários e tuins podem usar ninhos de joão-de-barro abandonados. Uma provável dificuldade para a utilização dos ninhos é a temperatura de seu interior, que lhes confere o nome forno tanto no nome científico Furnarius quanto no nome em espanhol hornero. Esta ave tipicamente campestre vem aumentando significativamente tanto a sua distribuição quanto abundância. É a ave símbolo da Argentina.