terça-feira, 15 de maio de 2012

Pictorialismo


 Pictorialismo

O Pictorialismo surgiu na segunda metade do século XIX.
Em 1860, a fotografia já era utilizada para diversos fins e dividia-se essencialmente em cinco categorias: a fotografia de arquitetura, de paisagem, de documentação, de retrato e a fotografia pictórica.
Esta última é considerada como a primeira tentativa de elevar a fotografia à categoria de arte. Os fotógrafos pictorialistas tentavam através das suas imagens fazer uma aproximação à pintura, manipulando muitas vezes as fotografias à mão, alterando a granulação, os tons, modificando ou suprimindo elementos de forma a assemelhar as fotografias a pinturas ou aguarelas. Se, por um lado, a fotografia perdia sua relação com o real, por outro, o fotógrafo começava a ser visto como criador de uma realidade. A fotografia era, deste modo, a realidade segundo o ponto de vista do fotógrafo.

 
Esta tentativa de criar imagens semelhantes a pinturas era intencional e fez com que muitos pintores começassem a suspeitar que a pintura corria sérios riscos de ser substituída por esta nova forma de arte. Esta desconfiança fez com que os pintores deste período procurassem fazer tudo aquilo que as máquinas fotográficas da época, por limitações técnicas, não conseguiam fazer.
Até então, a fotografia era uma mera técnica de documentação. O Pictorialismo na fotografia atraiu a maioria dos fotógrafos contemporâneos (como Gertrude Kasebier, Alice Boughton e Anne W. Brigman, entre outros) pelo seu romantismo e sentimentalismo - ideias que, na altura, eram comuns a todas as artes.
Já no virar do século, e com o início da Grande Guerra Mundial, o estilo pictorialista começou a cair em decadência, acabando por dar lugar a um novo movimento - o Photo-Secession.


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